Paciente com síndrome de Down, distúrbio originário de fatores cromossômicos. Esse paciente exibe ainda língua geográfica, um processo em que há atrofia das papilas linguais.
Duas crianças gêmeas unidas (fusionadas) pelo tronco. Esse distúrbio é decorrente de algum teratógeno, provavelmente de origem ambiental.
Radiografia mostrando a fusão (união) de dois dentes (D1 e D2). Veja que esses dentes estão unidos a partir do terço médio da coroa até a raiz (asterisco). Esse distúrbio de desenvolvimento é decorrente de agentes teratogênicos mais de origem ambiental (um trauma nesses dentes quando em fase de odontogênese pode ter originado essa situação observada na erupção). Compare essa radiografia com a foto anterior e veja situações semelhantes.
Os agentes teratogênicos - ou teratógenos - são os responsáveis pelo aparecimento das malformações. Podem ser de origem genética ou ambiental.
FATORES GENÉTICOS
a) fatores gênicos: envolvem a herança dos genes que causam a anomalia. Um exemplo de malformação oriunda desse fator é a polidactilia (o indivíduo apresenta mais de cinco dedos, principalmente nas mãos).
b) fatores cromossômicos: abordam as aberrações cromossômicas representadas pelo número anormal de cromossomos. Um exemplo seria a Síndrome de Down.
FATORES AMBIENTAIS
a) agentes infecciosos: um teratógeno desse tipo é o vírus da rubéola, cuja infecção, nas primeiras quatro semanas após a concepção, possui altos riscos de gerar malformações do tipo lesões cardíacas, microcefalia (encéfalo pequeno), retardo no crescimento etc.
b) agentes químicos: envolvem substâncias químicas e drogas. Exemplos clássicos seriam o álcool (causando hipoplasia maxilar (maxila pequena), microcefalia (encéfalo pequeno) e retardo do crescimento) e a talidomida,uma droga utilizada no passado durante a gestação para alívio de enjôo (provocando focomelia, ou seja, mãos e pés inseridos diretamente no tronco) etc.
c) agentes físicos: destaca-se, principalmente, a radiação. Pode causar cegueira, defeitos cranianos e microcefalia (encéfalo pequeno).
FATORES CRONOLÓGICOS
Dependendo do estágio de desenvolvimento embrionário no qual atua o teratógeno, as manifestações das malformações são variadas. Um exemplo seria a rubéola que, se adquirida durante a sexta semana , determina o aparecimento de alterações oculares. Por outro lado, se a infecção corre na oitava semana, há o condicionamento de surdez congênita.
FATORES CONSTITUCIONAIS
A constituição genética de uma população é um fator importante de predisposição a determinado efeito teratogênico. Assim, um agente comprovadamente teratogênico para um grupo não necessariamente o seja para indivíduos de outra espécie. A mesma afirmação é válida para populações de diferentes raças pertencentes a mesma espécie.
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